terça-feira, 16 de novembro de 2010

Momento Grandes Atrizes - Bette Davis

Bette Davis

Bette Davis não era sinônimo da mais bela atriz de Hollywood, porém os seus olhos eram tão marcantes que até música eles viraram.

Nascida Ruth Elizabeth Davis, porém mais conhecida como Bette Davis, (Lowell, Massachussets, 5 de abril de 1908 – 6 de outubro de 1989) foi uma das atrizes mais influente da história do cinema. Foi também a primeira atriz a receber 10 indicações ao Oscar, recebendo dois prêmios, um por “Dangerous” (br.: Perigosa) de 1935 e outro por “Jezebel” (br.: idem) de 1938. Davis também foi a primeira mulher a presidir a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

Bette disse que sua inspiração para se tornar atriz foi a peça do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen, “The Wild Duck”, peça a qual Davis viu no ano de 1926. Ela, então tentou entrar para Eva LeGralliene’s Manhattan Civic Repertory, porém foi recusada pela própria Eva LeGralliene, por considerá-la uma “garota frívola”. No entanto, foi aceita na John Murray Anderson School of Theatre, local onde, também, estudou dança com Martha Graham.

Depois de terminar os estudos, Bette conseguiu um papel na peça “Broadway”, porém foi demitida pouco tempo depois. Então, após algum tempo, ela conseguiu realizar o seu maior sonho, interpretar o papel da atriz que lhe ajudou a concretizar a idéia de ser atriz, Peg Entwistle, numa nova produção de “The Wild Duck”. E em 1929, Davis fez sua estréia na Broadway com a peça “Broken Dishes”, e, então, um caçador de talentos do estúdio Universal Pictures, gostou de sua atuação e então a convidou para um teste em Hollywood.

Em 1931, Bette Davis fez sua primeira aparição no cinema, foi um pequeno papel no filme “The Bad Sister” (br.: A Irmã Má), filme que é lembrado por ser o primeiro a ter aparições de dois mitos do cinema mundial, Bette Davis e Humphrey Bogart. A Universal renovou, então, o contrato de Davis e lhe deu um papel no bem recebido “Waterloo Bridge” (br.: A Ponte de Waterloo) de 1931. Emprestada para outras produtoras, Davis apareceu em “Way Back Home” de 1931, e “The Menace” e “Hell’s House” (br.: A Casa Infernal), ambos de 1932. Após alguns meses sem nenhum filme de sucesso, o estúdio Universal resolveu não renovar o seu contrato.

Quando estava decidida a voltar aos teatros, ela recebeu um telefonema de seu antigo professor de interpretação, George Arliss, que convenceu os executivos da Warner Bros. e a contratou para o filme “The Man Who Played God” (br.: O Homem Deus) de 1932. Depois disso, Davis creditou Arliss como a pessoa que lhe deu uma segunda chance em Hollywood.

Como não conseguia papéis memoráveis em filmes de seu atual estúdio, ela então decidiu pedir para que fosse emprestada para o rival PKO Pictures, onde apareceu no aclamado “Of Human Bondage” (br.: Escravos do Desejo) de 1934. Com o filme, Davis recebeu ótimas críticas. A revista Life escreveu que a Mildred Rogers de Bette Davis talvez fosse “a melhor interpretação de uma atriz americana registrada em filme”. Porém, seu trabalho não foi indicado ao Oscar e, então, iniciou-se uma campanha para que Bette Davis fosse nomeada. Entretanto, quem levou o Oscar de Melhor Atriz foi Claudette Coulbert, por “Aconteceu Naquela Noite”.

Em 1935, o estúdio lhe deu o papel que lhe renderia o seu primeiro Oscar pelo filme “Dangerous” (br.: Perigosa), e foi a partir desse filme que Bette Davis começou a se tornar a lenda como é conhecida hoje.

Após cinco anos, em 1938, Davis interpretou um de seus principais e mais lembrados personagens, Julie Marsden em “Jezebel” (br.: idem). Papel pelo qual recebeu seu segundo Oscar de Melhor Atriz.

O filme “Jezebel” representou seu melhor momento na carreira. Ela entrou para as dez atrizes mais bem pagas de Hollywood e foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz por cinco anos consecutivos.

Nos anos 40, Davis estrelou grandes filmes como “All This and The Heaven Too” (br.: Tudo Isso e o Céu Também), The Letter (br.: A Carta) filme que lhe rendeu outra indicação ao Oscar, “The Lottle Foxes” (br.: Pérfida), outro filme que lhe rendeu mais uma indicação ao Oscar. Bette Davis também foi escolhida presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, porém resolveu renunciar ao cargo pouco tempo depois, já que suas idéias não eram aceitas pelos integrantes da Academia.

Em 1950, Bette estrelou o filme “All About Eve” (br.: A Malvada), outro filme de grande sucesso que lhe rendeu uma indicação ao Oscar, mas não ganhou. Entretanto, ganhou o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes. Em 1952, ela estrelou “The Star” (br.: A Estrela), filme que também lhe rendeu uma indicação ao Oscar.

Em 1961, Bette Davis estrelou o filme de Frank Capra, “A Pocketful of Miracles” (br.: Dama por um Dia). Um ano depois, ela estrelou o filme de terror “What Ever Happened With Baby Jane?” (br.: O Que Terá Acontecido a Baby Jane?), filme que lhe rendeu sua última indicação a um Oscar. Em 1964, Davis fez o filme “Hush... Hush, Sweet Charlotte” (br.: Com a Maldade na Alma), filme que fez considerável sucesso. Ainda na década de 60, Davis estrelou outros cinco filmes, porém sem muito sucesso.

Na década de 70, Davis apareceu em algumas peças teatrais e alguns filmes, um deles para televisão, foi uma década sem grandes sucessos. Porém em 1977, Davis se tornou a primeira mulher a receber o prêmio American Film Institute pelo conjunto de sua obra. Após o prêmio ela participou do filme para televisão “Strangers: The Story of a Mother and Daugther” (br.: Difícil Reencontro), de 1979, filme que lhe rendeu um prêmio Emmy.

Na década de 80, foi indicada a mais dois Emmy’s e em 1981 ficou conhecida pelo público jovem da época, depois que Kim Carnes gravou a música “Bette Davis Eyes”. Em 1983, Davis foi diagnosticada com câncer de mama e, após uma mastectomia, ficou paralisada do lado direito do rosto e do braço e, então começou a fazer fisioterapia. Depois de reabilitada, Davis ainda participou de alguns filmes.

Numa viagem para a Espanha, em 1989, onde seria homenageada, Bette Davis, começou a passar mal. Muito debilitada para voltar aos E.U.A., Davis foi à França, onde se internou no hospital americano Neuilly-sur-Seine. Bette Davis morreu no dia 6 de outubro e em sua sepultura está escrito: “She did it the hard way” (“Ela fez isso do modo mais dificil”).

2 comentários:

  1. No Taraborelli, tem uma Bete também. Ela não tem a fama que essa Davis tem, mas é simpática. Palmas para a Bete! Clap, clap, clap.

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